Cristo: uma vacina?

No momento, encontro-me lendo um livro bastante interessante do Dr. Paul Brand em co-autoria com Philip Yancey (que tem rapidamente se tornado um de meus escritores favoritos).

O livro, "À imagem e semelhança de Deus", propõe traçar paralelos entre a natureza do corpo humano, e a natureza de Deus, de Cristo.

No tocante ao sangue e ao sistema imunológico, me deparei com um trecho que me foi profundamente revelador...

"Alguns anos atrás uma epidemia de sarampo chegou a Vellore, e uma de minhas filhas foi seriamente infectada. Sabíamos que ela se recuperaria, mas nossa outra filha, Estelle, que ainda era um bebê, estava perigosamente vulnerável em razão da idade que tinha. Quando o pediatra mencionou nossa necessidade de soro de um convalescente, a notícia de que os Brand precisavam do "sangue de um vencedor" correu a cidade de Vellore. Não usamos realmente essas palavras, mas procuramos alguém que já tivesse contraído sarampo e o tivesse vencido. O soro dessa pessoa protegeria nossa garotinha.

Não me adiantaria de nada achar alguém que tivesse catapora ou que tivesse se recuperado de uma perna quebrada. Tais pessoas, embora saudáveis, não nos dariam a ajuda específica de que precisávamos para vencer o sarampo. Tinha de ser alguém que já tivera sarampo e tivesse vencido a doença. Localizamos essa pessoa, retiramos um pouco de sangue dela, deixamos as células se separarem por decantação e injetamos o soro do convalescente. Equipada com anticorpos "emprestados", nossa filha foi bem sucedida no combate à doença.

(...)

Ela venceu o Sarampo não pela própria vitalidade ou resistência, mas pelo resultado de uma batalha que já acontecera dentro do corpo de outra pessoa."

Hebreus, cap. 2, versos 14 à 18

"Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo; e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão.

Pois, na verdade, não presta auxílio aos anjos, mas sim à descendência de Abraão.

Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo.

Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados."

Cristo, se fez carne, "em tudo semelhante" a nós.

Se expôs à tentação, e sofreu com isso, "padeceu", assim como nós somos tentados e sofremos; de forma a "socorrer aos que são tentados".

E no fim, venceu.

Nós, somos Estelle.

O mundo e suas tentações, é o nosso sarampo.

Cristo, é o doador do soro do convalescente.

Nós somos salvos através da batalha que Ele venceu.

Como Estelle, sozinhos podemos não estar aptos a vencer as tentações.

Porém, Cristo foi tentado como nós somos, sofreu, como nós sofremos, mas venceu.

Ele é a nossa vacina.

Quando deixamos que Ele entre em nossa vida (nosso sangue), ele nos habilita a vencermos as tentações. A vencer o mundo.

A vitória d'Ele passa a ser nossa.

Mais à frente, o Dr. Paul Brand continua:

"Hoje, quando participamos do vinho da comunhão, é como se nosso Senhor estivesse dizendo a nós: "Este é o meu sangue, o qual foi fortalecido e preparado para você. Esta é a minha vida, a qual foi vivida por você e pode agora ser partilhada por você. Eu estava cansado, derrotado, tentado, abandonado; amanhã você poderá se sentir cansado, derrotado tentado ou abandonado. Quando isso acontecer, você poderá usar minha força e partilhar de meu espírito. Eu venci o mundo por você".

Uma arrebatora e repentina tentação pode atingir até mesmo o mais forte cristão que estiver desprevinido. Precisamos estar preparados, e o símbolo do sangue nos diz como: confiando no sábio e poderoso sangue daquele que nos precedeu."

Não vou me extender, já vivi o dito acima, testemunho da veracidade desses ensinamentos, como compartilhei no post anterior "Um dia na vida de um homem livre".

Então, só repito o conselho do bom doutor...

As tentações nos afligem a todos, mas, há uma vacina, há uma forma de melhor enfrentá-las.

Jesus.

E você?

Já é vacinado?