quinta-feira, 31 de julho de 2008

Um ocorrido interessante

Permitam-me relatar um ocorrido interessante...

Ontem a noite, eu, um amigo e uma amiga, fomos para a casa de outras duas amigas muito queridas. Conversamos, nos divertimos, discutimos a Bíblia, e até mesmo estratégias de evangelismo. Enfim, uma noite produtiva.

Ao final da noite, uma dessas amigas me fez um convite.

Queria que no dia seguinte eu fosse levar uma palavra para o "cultinho" que é realizado no intervalo de suas aulas. De cara, recusei. Afinal, eu não estava preparado, e, também, tinha que terminar de preparar material para a reunião deste final de semana do grupo de estudo bíblico da igreja.

Porém, todavia, entretanto...

Quando eu já estava no carro, indo para casa, me veio um "sentimento" de que, sim, eu deveria ir.

Não parei para pensar em como eu ia levar uma "palavra" a um grupo de desconhecidos sem tempo sequer para preparar algo.

Não pensei também, de onde sairia o tempo para terminar de preparar o material para a reunião do meu grupo de estudos.

Apenas liguei, e disse que ia.

Mais tarde, a minha amiga ligou perguntando se eu realmente iria, afinal, ela precisava de uma confirmação, precisava ter certeza que alguém levaria "a palavra".

Novamente, confirmei, e fui dormir.

Acordei, me arrumei, saí de casa.

Peguei o ônibus, fiz o caminho, desci na parada.

Epa! Cadê minha carteira?

Aparentemente, minha carteira tinha gostado do banco do ônibus mais do que devia; e resolveu prosseguir viagem com ele...

E agora? O que fazer?

Liguei para minha mãe para avisar do ocorrido, e, claro que ouvi um ou outro berro, uma ordem de refazer meus passos, para ver se a carteira por algum acaso não teria ficado no chão, e, um pedido de que voltasse para casa.

Como um "bom menino", refiz meus passos, mas, "infelizmente", nada da carteira.

Mas, também, como um "bom menino", eu não podia simplesmente abandonar um compromisso de última hora! Ainda mais um compromisso em levar a Palavra de Deus para alguém.

Não, isso não significa que eu desobedeci minha mãe. Apenas, conversei com ela, expus os fatos, e disse que iria na delegacia registrar o boletim de ocorrência após o "cultinho". Ela aceitou, e lá fui eu.

No caminho da parada para a escola, eu me lembrei da noite anterior, em que eu havia dito a uma outra amiga para "descansar no Senhor", confiar n'Ele, pois Ele é fiel aos que o buscam em verdade.

Agora era hora de não ser hipócrita, de não falar só da boca pra fora. Era hora de descansar no Senhor, fazer sua obra, e ter fé, que seja lá o que fosse acontecer com minha carteira...

Ele é fiel. O que quer que acontecesse... de alguma forma... seria bom.

Cheguei um pouco antes da hora do intervalo, abri a Bíblia, me lembrei dos posts do blog, outras coisas que tinha presenciado, e, outras coisas que tinha lido. Já sabia sobre o que ia falar.

Tivemos nossa reunião. Foram mais pessoas do que o que eu esperava, e, poucos rostos conhecidos. Vejam bem meus queridos, eu nunca havia feito tal coisa. Eu nunca fui do tipo de "falar em público"; prefiro escrever. Mas, as coisas "fluíram", e eu creio que a palavra frutificou naquele lugar, e, só não conversamos ainda mais por falta de tempo.

Após esse breve momento de gozo entre irmãos, era hora de voltar à triste realidade de um "mundo sem carteira", em que eu teria que ter os gastos e o stress de providenciar novas cópias de praticamente todos os meus documentos. Como se já não bastasse o dinheiro que eu havia perdido junto da própria carteira.

Fui até o Shopping Via Direta, afinal, ali eu teria delegacia, tre, urne, e outros, todos no mesmo lugar.

Cheguei até a registrar o boletim de ocorrência.

Mas só até aí.

"Do nada", me liga Fred, um dos amigos com quem estive na noite anterior. Segundo ele, tinha tido uma "premonição" de que eu perdia todos os meus documentos em um ônibus.

Sim, ele estava certo. Mas não, não era uma premonição. Ele, obviamente, estava brincando (até porque para ser uma "premonição", ele teria que a ter tido antes de eu os perder :P )

Acontece, que ele estava na auto escola, resolvendo alguns problemas pessoais, e, "por acaso", era a mesma auto-escola na qual eu tinha tido aulas recentemente, e, enquanto ele estava lá, alguém ligou dizendo que tinha achado meus documentos, e junto deles, um recibo da auto escola.

E agora, essa pessoa queria entrar em contato comigo.

Meu pai ligou para a auto-escola afim de se informar melhor. Aparentemente, o cobrador do ônibus havia achado a carteira, junto dela o recibo, e, como era o único telefone que tinha, tentou entrar em contato. Mas, a auto-escola, até correta em sua postura, não queria dar a ele as informações necessárias para que entrasse em contato comigo.

Um fato que mudou, após eu encarecidamente pedir que sim, dessem meu telefone para o indivíduo.

Algum tempo depois, ele entrou em contato e marcamos de nos encontrar às 13:40, no terminal de sua linha de ônibus, para "resolver a situação". (Por conta da hora marcada, eu também teria que faltar o meu estágio, o que acabei fazendo, dando os devidos avisos, claro).

Na hora marcada, eu estava lá, com meu pai (outro detalhe interessante: "convenientemente", meu pai também não foi trabalhar neste dia), o esperando.

O ônibus chegou.

Eu já estava preparado para "negociar" minha carteira. Pagar alguma quantia, implorar e etc.

Mas não foi necessário nada disso.

Com um sorriso, ele me entregou a carteira exatamente da mesma forma que eu a havia perdido.

Comovido, ofereci uma quantia a ele, por respeito. Afinal, não é qualquer um que acha uma carteira cheia de dinheiro, se contorce para entrar em contato com o dono em pleno seu horário de trabalho, e, não tira qualquer proveito da situação.

Já estávamos nos despedindo quando meu pai o chamou, e, começamos a conversar.

No meio da conversa, meu pai perguntou se aquele homem por acaso não seria evangélico...

O que ele prontamente respondeu dizendo que sim.

Evangélico, da Igreja de Cristo, tinhamos até conhecidos em comum.

Ele também falou outra coisa interessante. Confessou, que quando viu a carteira, ficou tentado a tomar aquele dinheiro, pois, ele só tinha uma certa quantia em mãos, e ainda precisava comprar o gás para sua casa. Mas, ele preferiu ser íntegro. Como Cristo. Aquele dinheiro não o pertencia, e sua honestidade, santidade, valia mais.

Infelizmente, tivemos que cortar nossa conversa abruptamente pois o motorista do ônibus em que ele trabalha já o chamava para sair.

Mas essa com certeza é uma manhã que eu não pretendo esquecer.

Deparado com a escolha entre "furar" com meu compromisso de levar a palavra e ir atrás dos meus interesses em primeiro lugar, ou, cumprir com a vontade de Deus primeiro e ir atrás dos meus interesses depois; eu escolhei a segunda opção. E, por resultado, Ele me foi fiel. Me poupou de stress, tempo perdido, mais custos, e, ainda me permitiu ver o Seu agir. (E, como acabei não indo ao estágio, também me sobrou mais tempo para elaborar o material da reunião do final de semana!)

Aquele homem, deparado com a escolha entre tomar aquele dinheiro para suas necessidades, optou pela obediência ao seu Senhor, e, Ele foi fiel com ele. Eu me senti comovido, e dei àquele homem uma quantia que seria de ajuda para ele, sem nem saber que ele precisava, ou, que era um dos meus "irmãos em Cristo".

Na nossa obediência, Deus foi fiel conosco.

Pessoas totalmente distintas, que puderam ver um pouco do agir de Deus juntas.

Quão bom é estar sob o jugo do Senhor meus irmãos. Quão maravilhoso.

Fiquem com o Senhor, nosso Pai, e descansem n'Ele :D

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Salmo 145

Abri por um "acaso".

Reflete perfeitamente o que sinto e observo no presente momento.

Salmos, cap. 145

Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu; e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos.

Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos.

Grande é o Senhor, e mui digno de ser louvado; e a sua grandeza é insondável.

Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciará os teus atos poderosos.

Na magnificência gloriosa da tua majestade e nas tuas obras maravilhosas meditarei; falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e eu contarei a tua grandeza.

Publicarão a memória da tua grande bondade, e com júbilo celebrarão a tua justiça.

Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade.

O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras.

Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão.

Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder, para que façam saber aos filhos dos homens os teus feitos poderosos e a glória do esplendor do teu reino.

O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura por todas as gerações.

O Senhor sustém a todos os que estão a cair, e levanta a todos os que estão abatidos.

Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo; abres a mão, e satisfazes o desejo de todos os viventes.

Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras.

Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.

Ele cumpre o desejo dos que o temem; ouve o seu clamor, e os salva.

O Senhor preserva todos os que o amam, mas a todos os ímpios ele os destrói.

Publique a minha boca o louvor do Senhor; e bendiga toda a carne o seu santo nome para todo o sempre.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O que temos feito?

Nos últimos tempos tenho visto pessoas, deixando o conforto de seus lares para visitarem asilos em sua cidade, ou até mesmo, uma pessoa, em cadeira de rodas, deixar seu país para vir trazer boas novas às crianças da MINHA cidade...

E penso:

O que EU tenho feito?

Além de ver essas pessoas, fazendo tais coisas, três citações, de pessoas diversas e de tempos distintos tem ministrado ao meu coração.

What's the point in knowing?
(De que adianta saber?)
What's the poing in going on, if all you do is nothing?
(De que adianta saber o que se passa, se você não faz nada?)
What's it you are showing to all the people looking on?
(O que você tem mostrado para todas as pessoas que estão olhando?)

P.O.D. - Rise against

De cem homens, um lerá a Bíblia; noventa e nove lerão o cristão.

D. L. Moody

Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

Jesus Cristo

Daí, gostaria de levantar alguns questionamentos:

- O que você tem feito? O que você tem mostrado para as pessoas que olham para você?

- Você recebeu a oportunidade de conhecer a Palavra, como você tem refletido essa Palavra?

- Você pode ser considerado um discípulo de Cristo? As pessoas podem reconhecer algo de Cristo em você?

Então meus queridos...

Quem somos nós? E o que temos feito?

Somos agraciados em ouvir a Palavra do Senhor, e temos acesso à Sua graça, e, tudo que Ele pede é que compartilhemos isto. Que amemos como Ele amou, e que levemos Sua mensagem a todos os cantos e criaturas da Terra.

E nós? Que fazemos?

O profeta Ezequiel falou sobre duas posições interessantes.

Pastor e Atalaia.

Cabe ao Atalaia avisar seus conterrâneos do perigo.
Cabe ao pastor cuidar das ovelhas.

Vejamos o que Ezequiel tinha a falar...

Ezequiel, cap. 33, versos 2 a 9

"Filho do homem, fala aos filhos do teu povo, e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada sobre a terra, e o povo da terra tomar um dos seus, e o constituir por seu atalaia; se, quando ele vir que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; então todo aquele que ouvir o som da trombeta, e não se der por avisado, e vier a espada, e o levar, o seu sangue será sobre a sua cabeça.

Ele ouviu o som da trombeta, e não se deu por avisado; o seu sangue será sobre ele. Se, porém, se desse por avisado, salvaria a sua vida. Mas se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo, e vier a espada e levar alguma pessoa dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o requererei da mão do atalaia.

Quanto a ti, pois, ó filho do homem, eu te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; portanto ouve da minha boca a palavra, e da minha parte dá-lhes aviso.

Se eu disser ao ímpio: O ímpio, certamente morrerás; e tu não falares para dissuadir o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o requererei da tua mão.

Todavia se advertires o ímpio do seu caminho, para que ele se converta, e ele não se converter do seu caminho, morrerá ele na sua iniqüidade; tu, porém, terás livrado a tua alma."

Mais adiante, o Profeta carrega mensagem aos pastores:

Ezequiel, cap. 34, versos 2 a 8

"Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?

Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.

A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.

Assim se espalharam, por não haver pastor; e tornaram-se pasto a todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procurasse, ou as buscasse.

Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:

Vivo eu, diz o Senhor Deus, que porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas, pois se apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas..."

Amados, nós somos os pastores e atalaias dessa geração.

Será que temos cumprido com nossas tarefas? O Senhor nos entrega talentos segundo as nossas capacidades (Mateus 25), mas, o que temos feito com eles? Temos multiplicado-os para a honra do nosso Senhor, ou, o escondemos como o servo "mau e preguiçoso"?

Sou grato por viver no tempo da Graça e não no tempo da Lei, como o profeta Ezequiel e os atalias e pastores que dividiram seu período sobre a Terra. Mas, quero que o Pai se agrade de mim! Quero que quando eu O encontrar, ele me diga "muito bem, servo bom e fiel".

A mensagem da graça e do amor não foi feita para ser escondida. Nós não devemos ser atalaias que não tocam as trombetas ou pastores que apascentam somente a si mesmos.

O restante do texto de Mateus fala por si só:

Mateus, cap. 25, versos 31 a 46

"Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas ã sua direita, mas os cabritos ã esquerda.

Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.

Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?

E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.

Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes.

Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?

Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim.

E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna."

"Ah, mas achei que a salvação era pela graça, mediante somente a fé, e não pelas obras!"

Sim, claro.

Mas, é impossível você ter fé, crer nesse Deus de amor, viver sua Palavra, sem frutificar.

Como você pode dizer ser seguidor de Cristo, sem tentar ser como Ele? Uma coisa É atrelada a outra. Você até pode ter obras sem fé, mas é impossível ter fé sem obras.

Tiago, cap. 2, versos 14 a 17

"Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo?

Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso?

Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma."

Frutifiquemos meus irmãos! Amemos como Cristo amou! Que as pessoas realmente possam olhar para nós e ver um pouco de Cristo! Que não sejamos "cristãos" apenas da boca para fora, que tenhamos uma fé que é viva e frutifica em honra ao Senhor!

E se você, meu querido, ainda não é assim... não se desespere. Como dito, vivemos, sim, no tempo da graça. Se não damos frutos, pecamos. Mas, basta que, verdadeiramente nos arrependamos, que Ele nos perdoa com Sua graça.

Ainda há tempo irmãos.

Soemos as trombetas.
Busquemos as ovelhas perdidas.
Acolhamos os forasteiros.
Alimentemos os famintos.
Visitemos os enfermos.

Espalhemos à toda criatura as boas novas da graça maravilhosa do nosso Salvador!

Sejamos servos "bons e fieis", para que a graça, o amor, e a glória de Cristo sejam revelados em nós.

A Paz seja convosco, meus irmãos e irmãs.

domingo, 27 de julho de 2008

Um dia na vida de um homem livre

Ok, digamos que o post a seguir é não somente longo, como de uma natureza um tanto quanto pessoal. Se você crê que se escandalizaria com material acerca de masturbação ou conotação sexual, peço que ignore este post.

Eu posso dizer que até muito recentemente eu tinha um problema com masturbação. No caso, eu era viciado nisto. Mas agora eu me encontro no caminho da liberdade...

"Peraí, livre de quê?" alguns talvez perguntem.

Ou...

"Pra quê se negar prazer fácil e acessível?" outros talvez questionem.

Não vou entrar no mérito teológico de se masturbação seria um pecado de forma generalizada ou não, mas posso garantir que para mim se trata de um pecado de ordem pessoal.

Analizemos os seguintes versos da Bíblia:

1 Coríntios, cap. 6, verso 12
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.

Romanos, cap. 14, versos 22 e 23
A fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.
Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado.

1 Coríntios, cap. 13, versos 4 e 5
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal...

Partindo destes textos, posso facilmente observar que eu me encontrava em pecado. Ora, masturbação vinha sendo um vício para mim, de forma que eu vinha deixando minha "carne" dominar a minha vontade, meu espírito.

Entrando em questão de valores e interpretações pessoais, eu não creio que masturbação seja algo que Deus veja com bons olhos, logo se trata de um ato que não provinha de fé, mas que eu, ciente disso, praticava mesmo assim.

Por fim, o texto de Coríntios me ensina sobre a verdadeira natureza do amor, uma natureza que não busca seus próprios interesses em primeiro lugar, de forma que se eu digo que amo o Senhor, eu devo buscar agradar a Ele antes da minha carne.

Resumindo: Masturbação, ao menos para mim, é pecado.

Voltando um pouco ao presente...

Já a algum tempo eu vinha conseguindo manter uma "tranquila" abstinência da prática deste ato, porém, enquanto estava em São Paulo recentemente, durante um passeio ao Shopping Iguatemi, me pareceu que tinha "alguém" decidido a me tentar. Para onde quer que eu olhasse, só via mulheres lindas, com decotes gigantes e transparências "reveladoras", e parecia que eu tinha um "monstro no estômago", meus hormônios pareciam rugir diante do cenário "imposto", e tudo que eu fazia era orar:

Misericórdia, Pai.

Ao chegar no hotel, quando estava sozinho naquele quarto, devo dizer que as coisas não estavam mais tão tranquilas como vinham sendo, e eu estava a ponto de "estourar". Foi nessa hora, diante dessa situação, que me lembrei de um "código" estabelecido entre alguns amigos para pedir socorro nessas horas. Peguei o telefone, liguei para Natal:

???: Ooooooi.
Eu: Thiago?
Fabiana: Binho, você não me ama mais? Foi pra São Paulo, nem avisou...

Depois de "meia hora" assegurando Fabiana, que sim, eu ainda a amo; consegui falar com Thiago.

Eu: Tá osso.
Thiago: Tá osso?
Eu: Sim, tá osso.
Thiago: Como assim, tá osso?
Eu: Tá osso, no sentido de... tá osso.
Thiago: Ahh... se acalme.

Na conversa que se seguiu, Thiago me sugeriu ir para uma parada de ônibus, ler a Bíblia no saguão do hotel, dentre outras coisas mais, afim de tirar minha mente da "praga hormonal" que me assolava. Ao fim da ligação, não havia mudado muita coisa, os hormônios ainda rugiam e batiam com força contra as agora frágeis muralhas da minha força de vontade. Foi aí que eu percebi que essa não era uma batalha que eu poderia vencer sozinho, e, me lembrei de uma das coisas mais importantes que Thiago havia dito:

"Bixo, pede pra Ele te ajudar"

E foi o que eu fiz.

Eu pedi ao Pai não que tivesse misericórdia, como antes já havia pedido, mas sim, que me desse autoridade para subjugar a minha carne, ao invés de ser subjugado por esta. Com firmeza, falei para mim mesmo que eu era um homem livre. Que através do sacrifício Dele, eu era um homem renascido, e que as coisas velhas já haviam se passado e agora eu era uma nova criatura desamarrada das correntes do pecado.

E então, ao término dessa oração, percebi que já não havia um "monstro" rugindo no meu estômago, percebi que meus hormônios rebeldes haviam se calado, e me veio uma paz tão profunda que pouco tempo depois eu adormeci. Às meras 20:00 horas da noite.

Quando eu acordei, por volta da meia-noite, fui tomado por uma tremenda alegria.

Aí, novamente, alguns de vocês devem se perguntar:

"Como assim sentir Alegria por NÃO sentir prazer? Ainda mais quando o tal prazer não envolve qualquer compromisso ou sacrifício?"

Aí é que entra a questão meus queridos.

a) Saber que eu agradei ao Pai me dá muito mais alegria do que qualquer prazer Carnal. É uma daquelas coisas em que você fica feliz por saber que fez alguém que você ama feliz.

b) Perceber que eu REALMENTE estava livre do domínio dos meus instintos, do meu corpo, me fez sentir como se eu tivesse transcendido uma barreira. Me senti mais "evoluído" e, principalmente, mais LIVRE, ao ver que eu posso dominar o meu corpo ao invés do contrário.

c) Me senti grato. Grato por um Pai que na hora da necessidade tomou minha mão, me mostrou o que fazer diante de uma dificuldade, e me capacitou para vencer essa dificuldade.

Então, sim, eu estava tremendamente feliz.

Porém, deparei-me com um problema. Era meia-noite, e eu não conseguia dormir.

E aí, lembrei-me de um livro que tive que ler na época do meu pré-vestibular, em que, além de críticas diversas às "tribos urbanas", o autor afirma que é no silêncio da noite que nos deparamos com nosso "verdadeiro eu", e, por extensão, nossos "demônios interiores".

Devo dizer que ao menos neste ponto, o autor acertou.

No "silêncio da noite", quando não há nada para desviar nossa atenção; nossas ansiedades, medos, preocupações, pensamentos mais íntimos e intensos, tudo vem à tona. Ou, ao menos era isso que o autor defendia, e, que acontece comigo.

Então, me lembrei de noites em que eu ia dormir me "roendo" de raiva das pessoas. Noites, em que eu ia dormir chorando de angústia. Noites, em que eu me debatia na cama ao encarar minhas expectativas frustradas e minha impotência em fazer que as coisas fossem como eu queria. Noites, em que eu enchergava a realidade por trás dos meus atos e então me afogava em um mar de sentimento de culpa. Noites em que eu achava que meus erros iam me caçar para sempre e que eu jamais teria uma vida livre dos sentimentos atrelados a esses erros. Medo. Culpa. Ódio. Depressão.

Noites em que a vida não parecia ter sentido ou solução. Frustração. Desespero. Eu me encontrava "hopeless".

Ezequiel, cap. 33, verso 10
Tu, pois, filho do homem, dize à casa de Israel: Assim falais vós, dizendo: Visto que as nossas transgressões e os nossos pecados estão sobre nós, e nós definhamos neles, como viveremos então?

Mas...

Ezequiel, cap. 33, versos 11
Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que morrereis, ó casa de Israel?

E então, essa não era uma daquelas noites.

Eu lembrei que a Bíblia, que Sua Palavra, me diz que se eu O buscar, me arrepender, ele é misericordioso comigo a ponto até mesmo de não somente perdoar os meus erros, mas como até mesmo de apagá-los! Ele me dá uma chance de "começar denovo"! Com Ele, eu realmente posso me sentir perdoado e amado mesmo em face dos meus erros passados, e, através dessa liberdade, posso "tentar denovo". Como disse Jhon, um missionário da Oak Hills Church que esteve aqui em Natal recentemente:

Se você errar, apenas se arrependa (arrependimento, real, mudança de 180 graus, não mero remorso) e "try again".

Pois, o Senhor nos permite isso. Esse Pai amoroso nos confere essas oportunidades.

Pois, diante das aflições, até aquelas "mortais" como a doença e os sentimentos que afligiram o rei Ezequias, mediante nosso arrependimento, Sua Palavra nos garante misericórdia:

Isaías, cap. 38, versos 16 e 17
Senhor por estas coisas vivem os homens, e inteiramente nelas está a vida do meu espírito; portanto restabelece-me, e faze-me viver.
Eis que foi para minha paz que eu estive em grande amargura; tu, porém, amando a minha alma, a livraste da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.

Ele nos garante uma mudança completa! Como na parábola do filho pródigo, se o filho que comia da ração dos porcos buscar o Pai, este o assenta à sua mesa para comer um banquete. É mudança total e radical. Do vermelho escarlate, para o branco alvo como a neve.

Isaías, cap. 1, verso 18
Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã.

Eu era este homem:

Romanos, cap. 7, verso 5
Pois, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.

Dominado pela minha carne, eu pecava, e assim, meu espírito morria lentamente...

Mas, eu O busquei, e Ele me libertou e transformou, de forma que agora eu sou este outro homem:

Romanos, cap. 4, versos 7 e 8
Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos.
Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado.

Ele me perdoou. Me transformou. Quebrou as algemas de sentimentos negativos que vinham me prendendo com cada pecado que cometia.

Hoje, eu sou o homem bem-aventurado, o homem livre, cujo espírito vai de encontro ao Senhor.

Hoje, eu sou um homem para quem "o silêncio da noite", continua sendo um momento em que me deparo com meu "verdadeiro eu" e meus sentimentos e pensamentos mais íntimos, mas, isso já não é sinônimo de "hora de bater um papinho com meus demônios interiores", e sim, um momento de alegria, gratidão, amor e fé.

Minhas noites agora são momentos de gozo e descanso.

Então, após tudo isso, o que eu tive nessa noite, foi um lembrete do Senhor que:

Eu sou livre.
Pois Ele me libertou.

E, dado, o recado...
Dormi como uma pedra.
E quão bom foi o meu descanso...


Ele já havia me dito...

Mateus, cap. 11, versos 28 e 29
Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas.

Agora, só posso desejar a vocês, caros leitores, que um dia achem a mesma liberdade e o mesmo descanso que tenho tido...

Ele já fez o convite.

Vinde a mim... (Mateus 11:28)

E, ainda pergunta:

Por que morrereis? (Ezequiel 33:11)

Pensem nisso.

E, para finalizar, alguns trechos da música "The Freedom we Know" do grupo Hillsong:

My soul is set free in the one i love
(Minha alma é livre naquele a quem amo)

There's no end to the love that He gives
(Não há fim para o amor que Ele dá)

And now, broken dreams have life again
(E agora, sonhos destruídos voltam a ter vida)

Because the freedom we know is gonna last forever
(Pois a liberdade que temos durará para sempre)
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The freedom i know ...
... is gonna last forever.

O Louva-Deus e nós



Se até um pequeno inseto "Louva-Deus" vive cada um de seus dias, agindo como tal, louva a Deus através de sua própria existência (bem como toda a criação) e cumpre esta ordenança, o que faz você achar que tem o direito de ficar parado?


"Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR." - Salmo 150:6.


Deus nos abençoe;
Paz de Cristo.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Amor?



Deus abençoe você;
Paz de Cristo.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O amor de Deus faz a diferença em nossas vidas

Eu li o cartaz.

“Leia atentamente”, dizia o cartaz. Em letras grandes, corriqueiramente chamativas, letras gritantes... mudas, apagadas, comuns.

“Leia atentamente”, dizia o cartaz. Frase contraditória à reação de quem o via, ou nem via. Mas ele não desistia: “Leia atentamente!!!”, gritava o pobre ignorado.

“Leia, leia atentamente”, suplicava o invisível, a realidade invisível. Leia a fome, a miséria, leia o preconceito e também a desigualdade. Leia a falta de humanidade, a falta de tolerância e amor para com o próximo.

Leia! A guerra, a ignorância, a destruição da natureza, a degradação do homem pelo homem. A desonestidade, violência, a não existência do pensamento do bem comum.

Leia todas as pessoas que passaram por mim e não me deram atenção, se quer notaram minha existência. Eu gritei mudo em meio a multidão surda. Leia... ao menos você, querido, leia a arrogância coletiva.

Mas se ao menos você, meu pequeno leitor, tiver me dado ouvidos, então estará cumprido o meu papel, eu poderei ser rasgado e jogado fora, então será você o próximo a transmitir esta mensagem.

Acordo e vejo que era um sonho. Não fui lido. Não fui percebido. Não me deram ouvidos...

Eu li este cartaz.



Que nós possamos ser luz e levar a paz de Deus para as pessoas; que nós andemos na sua palavra. Só o amor de Deus pode curar o mundo; só n'Ele temos paz.

"Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros." (1 João 4:7 ao 11)

Deus abençoe você;
Paz de Cristo.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

From the Inside Out (Criados Para Adorar)

From The Inside Out

A thousand times I’ve failed
Still your mercy remains
Should I stumble again
Still I’m caught in your grace

Everlasting
Your light will shine when all else fades
Never ending
Your glory goes beyond all fame

Your will above all else
My purpose remains
The art of losing myself
In bringing you praise

In my heart, in my soul
I give you control
Consume me from the inside out Lord
Let justice and praise
Become my embrace
To love you from the inside out

Everlasting
Your light will shine when all else fades
Never ending
Your glory goes beyond all fame
And the cry of my heart
Is to bring you praise
From the inside out of my soul
cries out.

Hillsong United

Tradução:

Milhares de vezes eu falhei
E ainda a Tua misericórdia permanece
E se eu tropeçar outra vez
Sou amparado em Tua graça
Eterno
Tua luz brilhará quando tudo mais apagar
Sem fim
Tua glória vai além de toda fama

Tua vontade sobre tudo
Meu propósito permanece
A arte de me perder
Em Te dar o louvor
Eterno
Tua luz brilhará quando tudo mais apagar
Sem fim
Tua glória vai além de toda fama

Em meu coração e em minha alma
Senhor, te dou controle
Vem me consumir de dentro pra fora
Senhor, deixe que a justiça e o louvor
Se tornem meu "abraço"
Para te amar de dentro pra fora

Eterno
Tua luz brilhará quando tudo mais apagar
Sem fim
Tua glória vai além de toda fama
E o clamor do meu coração
É te trazer louvor

De dentro pra fora
Senhor, minha alma clama

(Tradução - Super Gospel)


Há alguns dias essa música está em minha mente e, apesar de não ser profunda conhecedora da Língua Inglesa (por isso pensei naqueles que, assim como eu, necessitariam da tradução para melhor compreender), ela tem me emocionado muito; sinto uma enorme alegria em louvar a Deus através dela.

Não coincidentemente, porém, providencialmente, li hoje um capítulo do livro de Rick Warren - "Uma Vida Com Propósitos", que fala que fomos planejados para agradar; adorar a Deus. Em um trecho, o autor fala: "Qualquer atitude sua que venha agradar a Deus é um ato de adoração . Como um diamante, a adoração apresenta várias facetas."

Como já foi dito aqui em um texto anterior, intitulado "Oração", nós podemos estar unidos a Deus de infinitas formas; podemos adorá-lo em todas as nossas ações, quer seja trabalhando, estudando, dirigindo, servindo, conversando com amigos, lendo sua palavra, cantando, enfim: Deus é tão maravilhosamente criativo que, ao nos criar, nos dotar de inteligência, deu-nos milhares de possibilidades de estarmos a cada minuto adorando-o e sentido Ele ao nosso lado ("E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens" - Colossenses 3:23) .

Em todas as nossas ações, em cada atividade, podemos louvar a Deus. Esse é o motivo de nossa existência ("Porquanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." - Coríntios 10:31). "A adoração não é parte de sua vida; ela é a sua vida. Não o adore somente nos cultos na igreja" (autor e livro supracitados).

"E o clamor do meu coração
É te trazer louvor"


Deus seja louvado;
Paz de Cristo.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O amor é dom supremo

Antes de mais nada, peço desculpas pelo intervalo sem posts novos. Infelizmente, as vezes até computadores podem ser "temperamentais".

Continuando...

Autores cristãos diversos atingem o renome por muitas vezes conseguirem nos passar a mensagem da Bíblia, de forma que nos pareça mais clara, mais atual ou "agradável", mas, acho que nenhum homem poderia colocar o texto a seguir em "melhores palavras" do que a forma como já o encontramos nas Escrituras...

1 Coríntios, cap. 13, versos 1 ~ 8, e 13.

Ainda que eu fale as lingúas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.

E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.

O amor é paciente, é benigno;
o amor não arde em ciúmes,
não se ensoberbece,
não se conduz incovenientemente,
não procura os seus interesses,
não se exaspera,
não se ressente do mal;
não se alegra com a injustiça,
mas regojiza-se com a verdade;
tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais acaba;
mas havendo profecias, desaparecerão;
havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, passará...

Agora, pois, permaneçam a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.

Destaquei alguns versos por crer que carreguem um "peso" em especial, dos quais, gostaria de destacar ainda mais o que se refere a não se ressentir do mal, pois creio que é algo que muitos de nós temos esquecido diariamente, e, que creio que isso pode ser refletido numa frase proferida por C. Everett Koop, médico que já ocupou posto equivalente à "Ministro da Saúde" nos U.S.

Enquanto tratava de questões relativas a AIDS, Koop defendeu a necessidade de se prestar assistência aos homossexuais, o que na época (década de 1980) causou grande escândalo em seus companheiros de credo, Cristãos. Diante desta atitude, Koop disse:

"Vocês podem odiar o pecado, mas têm de amar o pecador".

Eu sei que EU já falhei nesse amor. Quantas vezes em minha vida tive nojo de pessoas por seus pecados e as olhei com desdém?

Me envergonho profundamente disso. Me pergunto que imagem as pessoas que foram alvo do meu "desdém" devem ter hoje da "Igreja". Mas bem, diante dessa frase de Koop, me imaginei como os fariseus, que tentavam condenar a toda espécie de pecador, e, como Cristo lidava com esses mesmos pecadores... Cristo os amava.

E então imaginei...

Se eu vivesse nos dias de Cristo, quem eu seria? Um de seus discípulos? Ou um dos fariseus que condenavam aqueles que Ele veio para salvar?

A questão é que Cristo pode não estar entre nós em carne, mas, certamente está sempre conosco em Espírito e ainda hoje nos observa a todo momento, nas palavras do Salmista:

Salmos, cap. 139, versos 1 e 2

Senhor, tu me sondas e me conheces.
Sabes quando me assento e quando me levanto;
de longe penetras meus pensamentos.

Então, hoje, quando Cristo olha para mim, o que Ele vê?

Graças a Deus (redundante, não?), Ele tem me ensinado cada dia como O amar, e, é misericordioso em face das minhas falhas e imperfeições. Mas, eu espero que chegue o dia em que Ele não precise usar de misericórdia para comigo, espero que Ele possa olhar para mim e encontrar alguém que ama como Ele amou, alguém a chamar já não de servo ou amigo, mas irmão.

Gostaria de citar uma passagem já previamente postada neste blog no post "Sobre lágrimas e sorrisos":

O Evangelho segundo João, Cap. 13, versos 34 e 35:

"Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros."

Então meus queridos, desejo que possamos ser reconhecidos por "todos" (sim, Cristo incluso) como Seus discípulos.

Para tanto...

Amemos.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Quebrando correntes com o perdão

Quão maravilhoso é Deus.

Me permitam clamar isso... Deus é maravilhoso.

Esse pesqueno desvio no começo deste "post" foi para expressar gratidão a um Pai que providencia tudo de bom para seus filhos, até mesmo os mínimos detalhes. Vejam bem meus queridos, já a alguns dias eu vinha remoendo em minha cabeça um possível texto sobre perdão, derivado das tocantes e poderosas histórias que tenho lido no livro "Maravilhosa Graça", do renomado autor cristão Philip Yancey.

E, o que isso tem a ver?

Simples... Papai pavimentou meu caminho. Quando Jonye falou sobre a "corrente da iniquidade", no "toma lá, dá cá" (post passado: Não, eu não quero ler o jornal) e, quando Huldyana citou o verso 25 do capítulo 11 de Marcos (post retrasado: Falar com Deus); eu só conseguia pensar:

Obrigado Pai.

Pois aquele texto bíblico postado por Huldyana, e, a idéia apresentada por Jonye, serviram para pavimentar o caminho para o que tenho a dizer em seguida...

Então, para começar, uma pergunta:

Quem já ouviu falar de Oliver Cromwell?

Para os que não conhecem, Oliver era um carinha importante aí, um tal de Lord Protetor da Inglaterra, eleito em 2002 um dos dez ingleses mais importantes de todos os tempos. Título bonito, pessoa importante, amado por muitos... mas odiado por tantos outros.

Ora, nosso caro "amigo" Oliver foi responsável pelas mortes de vários católicos na Irlanda pelos idos de 1600 e tantos (dentre os motivos dados, supostamente para fazer a vontade de Deus). Bem, em meio à própria rivalidade entre protestantes e católicos, os atos de Cromwell, serviram como "lenha" pra "fogueira", e, eis que nasceu aí uma "corrente da iniquidade". Um bate de cá, outro bate de lá, ninguém perdoa ninguém e o ciclo continua através de séculos, destruindo vidas, incitando o ódio e acabando com a felicidade de muitos.

Avancemos um pouco o tempo para 1987 (o ano em que eu nasci, diga-se de passagem), na cidade de Belfast, na Irlanda, onde uma bomba do grupo paramilitar IRA explodiu em meio a um grupo de protestantes que se reuniam em homenagem ao feriado do Dia dos Veteranos. Onze morreram, sessenta e três ficaram feridos. Em meio ao "acidente", estavam Gordon Wilson e sua filha Marie Wilson. Sepultado sob dois metros de concreto, Gordon ouviu as últimas palavras de sua filha enquanto ela segurava sua mão:

"Papai, eu te amo muito".

Naquele momento, Marie wilson se preocupou mais em transmitir seu amor ao seu pai do que transmitir sua indignação para com os membros do IRA. Mais tarde, no leito do hospital, Gordon Wilson, que acabara de perder sua filha querida, chocou o mundo com as seguintes palavras:

"Eu perdi minha filha, mas não tenho ressentimentos. Palavras amargas não vão trazer Marie Wilson de volta à vida. Eu vou orar, hoje à noite e todas as noites, para que Deus lhes perdoe".

Gordon Wilson quebrou as "correntes da iniquidade", e, conforme relata Philip Yancey: "o mundo chorou".

Depois disto, Wilson liderou um movimento pela reconciliação de católicos e protestantes, evitando uma retaliação ao atentado (que tomou sua filha) conforme planejavam alguns dos protestantes radicais, e, mais tarde viria a se encontrar com membros do IRA, perdoando-os pessoalmente. Ele veio a ser membro do senado irlandês, e, quando morreu em 1995 foi homenageado por todo o Reino Unido. Em 28 de julho de 2005, o IRA viria a abandonar a sua campanha armada, uma conquista que eu tenho certeza, em meu coração, que Gordon Wilson ajudou a conquistar.

Meus queridos, nós muitas vezes deixamos de falar com alguém por conta de uma fofoca, dividimos círculos de amizades por conta do fim de um namoro, damos um gelo nos nossos pais por conta da louça, ou, chingamos alguém no trânsito por conta de uma buzinada.

Quem somos nós pra agir desta forma, quando Gordon Wilson perdoou aqueles que tomaram sua querida filha?

Quem somos nós pra agir desta forma, quando Deus perdoa nossas transgressões mesmo após termos moído, humilhado, torturado e assassinado o Seu Filho?

Vocês já pararam pra pensar nisso?

O "Pai nosso" é muito interessante ao carregar as palavras "perdoa-nos os nossos pecados assim como nós perdoamos...", pois, com esta redação, poderíamos interpretar que ele implica que o perdão de Deus e o nosso estão vinculados e, partindo desta premissa, se eu quiser ser perdoado por completo, eu devo perdoar os outros por completo.

Já pensou se eu perdôo quase tudo, e Ele por extensão me perdoasse só "quase tudo"? Quando ele voltasse, eu quase subia.

Meus queridos, vamos quebrar as correntes da iniquidade, vamos acabar com o ciclo vicioso de miséria e violência (seja física ou psicológica) que domina as vidas das pessoas ao nosso redor (e, as nossas)... vamos ser como Cristo, e perdoar.

Peço que reflitam nestas mensagens e guardem os ensinamentos encontrados no Evangelho segundo Lucas, no capítulo 6, versos 36 e 37:

"Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados."

A paz.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Não, eu não quero ler o jornal

Eu tenho que confessar que há quase 10 anos eu não ouço mais as músicas da banda Catedral. Não que eu tenha algo contra, apenas decidi ouvir somente música gospel no meu dia-dia. Entretanto, nas últimas semanas, uma frase de uma música deles não me sai da cabeça, principalmente diante dos acontecimentos que tem ocorrido no Brasil e mais precisamente, no Rio de Janeiro:

"Não me diga que o mundo anda mal, hoje eu nem quero ler o jornal, só quero escrever uma canção de amor pra você."

É fato: não há como não correr para Mateus 24.12! A iniqüidade tem se multiplicado de uma tal forma, que fica difícil encará-la todos os dias ao meio-dia ou às oito da noite. É impossível não se comover com a história de um pai e seus filhos adolescentes, que quase foram atropelados ao atravessar uma rua do Rio na faixa de pedestres, com o semáforo fechado para os carros. Mais comovente ainda é saber que esse mesmo pai fez algumas reclamações em alta-voz com o motorista infrator, que voltou, de ré, e espancou o pedestre com uma chave inglesa, causando afundamenteo de crânio, na presença dos filhos adolescentes!

Como não se comover com a estória da menina Isabella, ou do menino João Roberto?! E vamos esquecer os inúmeros casos de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, estelionato?! Tem que ter muito sangue-frio pra não se revoltar, se indignar ou se comover com tanta barbaridade.

Mas como reagimos, de fato, a toda essa iniqüidade que nos rodeia? Nós, cristãos que vivemos o mais sublime amor desse mundo?

Só posso responder por mim mesmo, e posso garantir que tem sido difícil "engolir" tanta coisa ruim e sair ileso. Reparei que tenho me tornado mais agressivo no trânsito e tenho sido menos tolerante. Não estou levando qualquer desaforo pra casa.

Vejam só meus amados, como a iniqüidade se multiplica! Você leva "uma" e pra não ficar por baixo, manda "outra". E assim segue, como uma corrente. "A corrente da iniqüidade", que cada vez fica mais forte e perversa, pois antigamente as pessoas erravam e pediam perdão; hoje elas erram e ainda lhe espancam se você reclamar. Antigamente os infratores eram penalizados por seus erros. Hoje, são eles que aplicam as duras penas à sociedade.

Em 1 João 5.17a, nos é mostrado que toda iniqüidade é pecado, e partindo desse princípio alguns estudiosos entendem que o que realmente leva o homem ao inferno é a iniqüidade e não o pecado, pois como se expressa na parte "b" do citado versículo, há pecado que não é para morte. Afinal, é a iniqüidade a grande responsável por esfriar o amor em todo o mundo, e conseqüentemente afasta (mais ainda) o homem de Deus.

Esse pecado desenfreado, eivado de maus propósitos e perversão inconseqüente, tem sido a causa de tantas más notícias nos nossos jornais, gerando em mim uma vontade cada vez maior de não saber das "notícias" do país.

Mas será que essa é a postura correta a ser mantida? Devemos cruzar os braços e clamar fervorosamente para que Jesus volte logo e nos leve o quanto antes desse mundo cruel?

Eu aprendi com todas essas revoltas (até as do trânsito), que cada vez mais eu tenho que exalar o amor de Deus. Se o mundo inteiro precisa de amor, nós somos a sua única saída. Se nos fecharmos nas nossas "tocas-igrejas", orando pra sermos libertos dessa perdição, um mundo inteiro estará perecendo por falta de pessoas que lhes mostrem outra realidade, que mudem suas vidas através de um toque, de um perdão, ou de um simples abraço. Não podemos, repito, não podemos ser levados pela onda da iniqüidade, não podemos ser "abraçados" por essa corrente.

Vamos ser mais Jesus. Precisamos ser mais Jesus, mais Paulo, mais João, que humilhados, rejeitados, mal-tratados, açoitados, pediam a Deus misericórdia não pelas suas vidas, mas pela vida de seus opressores. Eles pediam ao Pai clemência, ao invés de vingança. Quando somos perseguidos, o que temos pedido ao Senhor?

Vamos conseguir mudar o mundo assumindo uma nova postura?

Com sinceridade eu posso dizer que os resultados serão mínimos, pois a multiplicação da iniqüidade e a falta de amor é premissa para o cumprimento dos sinais que farão o Cristo voltar e reinar. Mas quando esse mesmo Senhor voltar, como teremos negociado aquilo que Ele nos confiou? (Lucas 11.27)

Cristo não salvou toda a Judéia, tampouco Paulo ou João. Foram perseguidos, presos e mortos. Mas não deixaram de amar e de espalhar esse amor, e esse amor tocou a muitos e salva milhares de pessoas há mais de 2000 anos.

Não importa se teremos prejuízo. Não importa sermos taxados de "fracos". Não somos desse mundo e não precisamos do reconhecimento dessa Terra, mas sim do nosso reino de origem.

Vamos, sejamos a fonte de calor inesgotável para um mundo tão frio e desgraçado. Sejamos "A corrente do bem", cujo lema é subtrair a iniqüidade e multiplicar o amor! Levantemos o pendão do amor, mesmo em meio às guerras!



Não, hoje eu não quero ler o jornal. Só quero escrever uma canção de amor pra você.

domingo, 13 de julho de 2008

Falar com Deus (Oração)

“Na oração encontro calma, na oração encontro paz.
Orar a Deus faz bem a alma, falar com Deus me satisfaz.

Falar com Deus que privilégio, abrir a alma ao Criador.
Sentir que os céus estão abertos, e ouvir a voz do Salvador.

Grande é o nosso Deus, e as obras que Ele faz.
O Seu amor não tem limites, em Seu perdão encontro paz.

Falar com Deus é o que preciso, pois Ele é fonte de poder.
Só nEle a vida faz sentido, pois me dá forças pra viver.”

Novo Tom - Falar com Deus

Dentro de nós há uma lacuna. Temos um vazio, uma necessidade aparentemente inexplicável. Este espaço invisível, que transcende as definições humanas, é exclusivamente preenchido por Deus.

Você pode expressar Deus e estar unido a Ele de infinitas formas. Lendo, cantando, conversando com amigos, trabalhando, enfim, vivendo conforme sua palavra. No entanto, há uma forma de nos ligar diretamente a Ele, tão sublime e infinitamente maravilhosa; tão perfeita, que as palavras humanas não conseguem definir: a oração.

A oração é, contraditoriamente, simples e complexa. Orar significa falar com Deus; conversar, abrir o coração, ser sincero diante de quem o criou. É exatamente aí que reside também a complexidade.

Como pode ser possível que nós, tão pecadores, possamos ter acesso direto ao Criador? Merecemos tamanho privilégio?

Não, não merecemos.

Porém, Deus, no alto de seu infinito amor, concedeu-nos tal bênção quando enviou seu filho Jesus para que morresse por nós, levando sobre si nossos pecados, dando-nos livre acesso ao Pai.

A partir de então, eu posso chegar diante de Deus como quem senta ao lado de um amigo amado e conversar tranqüila e abertamente com ele; posso abrir meu coração sem que para isso precise de um intermediário. Jesus nos deu a liberdade de falarmos com o coração e a mente, sem que precisemos nos utilizar de vãs repetições (“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.” Mateus 6:7). Apenas seja sincero.

Conversar com Deus, nosso Pai e amigo, é tão sublime que mesmo nos momentos em que, diante de nossas fraquezas e dificuldades, não conseguimos falar, Ele nos entende e conforta (“Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.” Salmo 139:4). Quão maravilhoso é saber que o criador do universo está sempre pronto a me ouvir; saber que, mesmo com todas as minhas falhas, ele me compreende e está perto de mim.

Converse com Deus, o verdadeiro amigo. Ele não pensa mal de você, Ele lhe entende e orienta, não levanta comentários com outras pessoas sobre você e, “de quebra”, tem todo poder no Céu e na Terra e nada acontece contrário à sua vontade.

Ele preenche nosso vazio;
n'Ele há sentido para nossa existência.

Deus seja louvado.

Para meditar:

Romanos, cap. 12, verso 12:
“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”;

Mateus, cap. 6, verso 6:
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”;

Tiago, cap. 5, verso 16:
“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.”;

Marcos, cap. 11, verso 25:
“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas”;

Deus abençoe você.

sábado, 12 de julho de 2008

A Prece Vespertina

De todas as minhas pobres derrotas e oh! de muito mais eu sei,
De todas as vitórias que aparentemente conquistei,
Da sagacidade que em teu favor demonstrar consegui,

À qual, enquanto pranteiam anjos, o auditório ri;
De todos os meus esforços, para a tua divindade provar,
Tu, que não concedeste um sinal, vem me livrar.

Pensamentos como moedas são. Que eu não confie, em lugar
De confiar em Ti, na imagem gasta de tua face neles a brilhar.
Dos pensamentos todos, até os que de acerca de Ti venha a ter,

Ó tu, Belo Silêncio, cai e vem libertar meu ser.
Do fundo da agulha e da estreita porta o Senhor,
Livrar-me vem do vão saber para a morte não ser meu penhor.

C.S. Lewis

Para refletir:

1 Coríntios, Cap. 3, Versos 18 à 20

"Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito:

Ele apanha os sábios na própria astúcia deles.

E outra vez:

O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos."

Por fim...

“O verdadeiro homem honesto é o que de nada se vangloria”
La Rochefoucauld

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sobre lágrimas e sorrisos

"Domingo passado, na igreja, eu prestava atenção a uma criança que se virava para trás e sorria para todos. Ela não estava fazendo nenhum barulho, nem cantarolando, ou chutando, nem rasgando os hinários, nem mexendo na bolsa da mãe. Apenas sorrindo. Finalmente, sua mãe olhou para ela com cara feia e num sussuro teatral que podia ser ouvido em um pequeno teatro da Broadway, disse:

"Para de sorrir! Você está na igreja!".

Em seguida, deu-lhe um tapa e, quando as lágrimas começaram a rolar pela face da criança, a mãe acrescentou:

"Assim é melhor",

e retornou às suas orações...

Subitamente, eu fiquei zangada. Percebi que o mundo inteiro está em lágrimas e, se você não está chorando, é melhor começar. Eu quis abraçar aquela criança com o rosto molhado de lágrimas e lhe falar a respeito do meu Deus. O Deus feliz. O Deus sorridente. O Deus que precisava ter senso de humor para ter criado gente como nós... Por tradição, as pessoas usam a fé com a solenidade de acompanhantes de enterro, a seriedade de uma máscara trágica e a dedicação de um participante do Rotary.

Que loucura, eu pensei. Aqui está uma mulher sentada ao lado da única luz ainda existente em nossa civilização - a única esperança, nosso único milagre - nossa única promessa de infinidade. Se ela não podia sorrir na igreja, para onde deveria ir?"

Erma Bombeck - At wit's end

Meus queridos, infelizmente, o texto acima reflete uma triste realidade. Atualmente, vivemos num mundo em que muitos de nossos irmãos esqueceram da Graça, do Amor, e vivem vidas de aparência e atos, buscando "cumprir todas as regras", num legalismo que me lembra os fariseus do tempo de Cristo, mas no qual, esquecem de dar espaço ao amor, a recepção, a adoração sincera, dentre outras coisas mais... Pretendo retomar o tema em oportunidades futuras, mas, por hora, peço que quando pensarem em Deus (e, quando as pessoas se perguntarem qual o SEU Deus), que seja o Deus daquela criança, que seja o Deus sorridente de Erma bombeck...

E, deixo-lhes a seguinte passagem:

O Evangelho segundo João, Cap. 13, versos 34 e 35:

"Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros."

A paz.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Falai de Deus

"Falai de Deus com a clareza
da verdade e da certeza:
com um poder

de corpo e alma que não possa
ninguém, à passagem vossa,
não O entender.

Falai de Deus brandamente,
que o mundo se pôs dolente,
tão sem leis.

Falai de Deus com doçura,
que é difícil ser criatura:
bem o sabeis.

Falai de Deus de tal modo
que por Ele o mundo todo
tenha amor

à vida e à morte, e, de vê-Lo,
O escolha como modelo superior.

Com voz, pensamentos e atos
representai tão exatos
os reinos seus

que todos vão livremente
para esse encontro excelente.
Falai de Deus"

Cecília Meireles