Hoje choveu.
Em diversos momentos, com diferentes intensidades.
Não fui nem pra igreja hoje.
Foi um daqueles dias de ficar aninhado na cama, abraçado com os lençóis e um bom livro.
Por acaso, deu para ler um livro inteiro! O Cordeiro, de Christopher Moore (recomendado apenas para os que saibam examinar tudo e reter o bem).
Assim como a chuva veio em diferentes e diversos momentos, em diferentes e diversos momentos eu parei de ler para ir para as janelas.
Diferentes janelas.
Mas uma experiência foi comum para todos esses momentos...
A gratidão.
Eu não sei se vocês já passaram por isso mas...
Vocês já tiveram esses momentos em que você para, olha para as pequenas coisas, e não consegue evitar de sentir uma certa... reverência por tudo?
A vista da praia.
Uma folha caindo.
O jeito que a brisa acaricia o rosto.
As gotas de chuva escorrendo na janela.
Teias de aranha.
Hoje, eu me encantei com a chuva.
Como eu moro no décimo segundo andar, consigo ver um pouco da trajetória da chuva, de alto a baixo.
É interessante a forma como o vento altera a trajetória das gotas.
Ondas!
No ar!
Lindo.
Hoje, a chuva não era um fenômeno meterológico e científico.
Hoje, a chuva era um mistério.
Um encantador mistério.
E eu sou grato a Deus por esses "pequenos mistérios".
Nós, homens, temos o péssimo hábito de ignorar as coisas. Ou, de não lhes dar o devido valor.
Tudo é normal, tudo é tédio.
As crianças não são assim...
As crianças tratam tudo com reverência... tudo é novo e interessante.
Até as coisas mais "banais".
Quem nunca viu uma criança receber um presente, e antes de sequer olhar para o brinquedo, se encantar com o papel? O papel custou o quê? Alguns centavos?
Mas para a criança, o papel é por vezes, tão interessante quanto o presente em seu interior, que custou dez vezes mais (no mínimo).
A criança não tem tédio. A criança encherga o mistério e a beleza das coisas.
Não sei se isso tem alguma relação ou não com a instrução de que devemos buscar ser como crianças mas...
Eu quero ser como criança.
Eu quero "saborear" cada sensação do vento no meu rosto...
Do cheiro do mar...
Observar as diferentes texturas e cores...
Eu quero me encantar com tudo.
Eu quero ser pequeno e impotente.
Eu não quero olhar pra vida e pensar que sou senhor de alguma coisa...
Quero olhar pra ela e me espantar com a grandiosidade de tudo ao meu redor.
Quero ser pequeno.
Quero a humildade grata da reverência.
Não quero o tédio e as algemas da pretensão humana.
Como o William Wilberforce de Jornada pela Liberdade (Amazing Grace), eu prefiro as teias de aranha do que a política.
Sim, Pai, eu te agradeço por nos dar a criatividade e a capacidade intelectual que nos possibilitam criar algo como a política.
Mas, mais ainda, eu agradeço pelas teias de aranhas. Que Você criou.
Senhor, muito obrigado pela Tua tão grandiosa, diversa e criativa criação. Muito obrigado pela variedade de minerais, plantas, animais, fenômenos climáticos... Muito obrigado por tudo.
Eu te peço Senhor que gere em nós Pai, corações humildes. Corações como de criança, inocentes; que se encantem com toda a beleza da Tua obra.
E obrigado Paizinho, por já ter começado a me mudar. Obrigado Senhor por me possibilitar momentos como esses, de encanto, espanto, gratidão. Obrigado pelo meu novo coração.
Obrigado pelo meu dia de chuva.
(Fica um desafio: Pare. Pode ser numa varanda, numa janela, em baixo de uma árvore... mas pare. Pare e observe as coisas ao seu redor. Tente perceber as coisas que você costuma deixar passar batido. Espero que você ache tanto o encanto que eu pude encontrar, como a gratidão por tudo isso.)
Em diversos momentos, com diferentes intensidades.
Não fui nem pra igreja hoje.
Foi um daqueles dias de ficar aninhado na cama, abraçado com os lençóis e um bom livro.
Por acaso, deu para ler um livro inteiro! O Cordeiro, de Christopher Moore (recomendado apenas para os que saibam examinar tudo e reter o bem).
Assim como a chuva veio em diferentes e diversos momentos, em diferentes e diversos momentos eu parei de ler para ir para as janelas.
Diferentes janelas.
Mas uma experiência foi comum para todos esses momentos...
A gratidão.
Eu não sei se vocês já passaram por isso mas...
Vocês já tiveram esses momentos em que você para, olha para as pequenas coisas, e não consegue evitar de sentir uma certa... reverência por tudo?
A vista da praia.
Uma folha caindo.
O jeito que a brisa acaricia o rosto.
As gotas de chuva escorrendo na janela.
Teias de aranha.
Hoje, eu me encantei com a chuva.
Como eu moro no décimo segundo andar, consigo ver um pouco da trajetória da chuva, de alto a baixo.
É interessante a forma como o vento altera a trajetória das gotas.
Ondas!
No ar!
Lindo.
Hoje, a chuva não era um fenômeno meterológico e científico.
Hoje, a chuva era um mistério.
Um encantador mistério.
E eu sou grato a Deus por esses "pequenos mistérios".
Nós, homens, temos o péssimo hábito de ignorar as coisas. Ou, de não lhes dar o devido valor.
Tudo é normal, tudo é tédio.
As crianças não são assim...
As crianças tratam tudo com reverência... tudo é novo e interessante.
Até as coisas mais "banais".
Quem nunca viu uma criança receber um presente, e antes de sequer olhar para o brinquedo, se encantar com o papel? O papel custou o quê? Alguns centavos?
Mas para a criança, o papel é por vezes, tão interessante quanto o presente em seu interior, que custou dez vezes mais (no mínimo).
A criança não tem tédio. A criança encherga o mistério e a beleza das coisas.
Não sei se isso tem alguma relação ou não com a instrução de que devemos buscar ser como crianças mas...
Eu quero ser como criança.
Eu quero "saborear" cada sensação do vento no meu rosto...
Do cheiro do mar...
Observar as diferentes texturas e cores...
Eu quero me encantar com tudo.
Eu quero ser pequeno e impotente.
Eu não quero olhar pra vida e pensar que sou senhor de alguma coisa...
Quero olhar pra ela e me espantar com a grandiosidade de tudo ao meu redor.
Quero ser pequeno.
Quero a humildade grata da reverência.
Não quero o tédio e as algemas da pretensão humana.
Como o William Wilberforce de Jornada pela Liberdade (Amazing Grace), eu prefiro as teias de aranha do que a política.
Sim, Pai, eu te agradeço por nos dar a criatividade e a capacidade intelectual que nos possibilitam criar algo como a política.
Senhor, muito obrigado pela Tua tão grandiosa, diversa e criativa criação. Muito obrigado pela variedade de minerais, plantas, animais, fenômenos climáticos... Muito obrigado por tudo.
Eu te peço Senhor que gere em nós Pai, corações humildes. Corações como de criança, inocentes; que se encantem com toda a beleza da Tua obra.
E obrigado Paizinho, por já ter começado a me mudar. Obrigado Senhor por me possibilitar momentos como esses, de encanto, espanto, gratidão. Obrigado pelo meu novo coração.
Obrigado pelo meu dia de chuva.
(Fica um desafio: Pare. Pode ser numa varanda, numa janela, em baixo de uma árvore... mas pare. Pare e observe as coisas ao seu redor. Tente perceber as coisas que você costuma deixar passar batido. Espero que você ache tanto o encanto que eu pude encontrar, como a gratidão por tudo isso.)
3 comentários:
uohou! amei! =0)
Interessante...certa vez postei algo sobre ser-mos como criança, aqui está o link: http://alegoriasdovaso.blogspot.com/2007/10/sejamos-como-criana.html#links
Não é nada tao bem elaborado quanto o seu hehehe, mas lê lá, de repente vc gosta =D
fala um pouco sobre formas tb...
Hoje releio e claro, não concordo com tudo que escrevi ahhaha...estava inspirada na hora =P
mas em fim da uma olhadinha la...e comenta ok???
E, pra responder a pergunta, sim ja fiquei por demais, nas janelas, percebendo essas "ondas", e as pequenas coisas... isso me fez lembrar de algo bem interessante...
certa vez escrevi sobre simplicidade e perfeição... recentemente li perfeição como sinônimo de simples... hahah =)
É isso aí... esse encantamento pela vida, pela criação divina vamos deixando passar com a correria do dia-a-dia, com nosso egoísmo até em olhar para os lados. Com a nossa pressa, de deixar o que mais importa, de lado. Lindo post!!
Eu sei exatamente como é isso, exatamente da mesma forma. E é lindo!
;)
Paz..
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