Para quem ainda não conhece o conceito de "Bloco de Notas", favor se referir ao post passado. Lembrem-se de ler o texto antes de ler os comentários também :D
Mas bem...
-x-
Texto referente às tentações de Jesus.
Para começar, podemos falar sobre a questão de o Espírito ter levado Jesus para ser tentado... Afinal, como funciona isso? Tiago 1:13 diz que ninguém pode dizer que é tentado por Deus, pq Deus não pode ser tentado.
Uma das explicações que podemos tentar dar é que Deus não nos tenta no sentido de nos influenciar a fazer algo mal, ou melhor dizendo, pecar. Mas, Deus testa o nosso caráter, como é mencionado de Abraão em Hb 11:17.
Mas bem, fim das contas, apesar de Jesus ter sido levado até ali pelo Espírito, quem o tenta é o Diabo, e não Deus...
Então, analizemos as tentações...
Antes de tudo, é importante lembrar que esse momento se deu logo antes de Jesus começar seu ministério "de fato", então, muitas interpretações podem se dar a essas tentações, mas, levando em conta esse contexto, vamos analizar como sendo uma tentativa de deturpar a "liderança" de Jesus...
- O inimigo tentou Jesus a ser um líder populista?
Satanás tentou Jesus a utilizar sua posição e autoridade para "fabricar" comida. Ao passo que é difícil afirmar isso de fato aqui, Jesus deixa claro que "nem só de pão viverá o homem", mas se Ele tivesse cedido aqui e focado seu ministério em usar seu poder para esse tipo de conveniência, Ele poderia ter sido muito melhor aceito... Como por exemplo, nosso presidente, que consegue tanta aprovação do povo só levando "migalhas" às pessoas... A política de pão e circo sempre funcionou bem para os líderes populistas, mas, desde já Cristo demonstrou que não estava tão preocupado com o material (apesar de também cuidar disso), mas sim, com o Espiritual, e, esse era seu foco, que não seria desviado.
- O inimigo tentou Jesus a ser um líder político?
Satanás ofereceu a Jesus a autoridade sobre os reinos do mundo em troca de adoração a ele. Se Jesus o tivesse feito, novamente, seria muito mais fácil impor suas idéias a um grande número populacional ao invés dos poucos maltrapilhos que o acompanharam, mas, Cristo não negociou sua consciência, nem seu propósito, nem sua missão, nem sua alma, lembrando ao inimigo que só Deus é digno de adoração (seja lá o que for oferecido em troca).
Mas, pensemos na nossa realidade... Quantas pessoas conhecemos que não negociam sua alma/consciência/missão/propósito? Um líder, que com sede de atingir mais pessoas, firma acordos comerciais e políticos para construir um templo maior ou angariar recursos em troca de fazer propaganda política no templo? Um missionário treinado para trabalhar com crianças carentes, mas que diante das dificuldades, troca o trabalho com as crianças carentes e seu pequeno "salário" da igreja por uma renda maior cuidando dos filhos de um opressor comerciante local? Ou, nós mesmos, que para agradar e chamar a atenção de mais pessoas, trocamos a proclamação da verdade por falar uma mentira adocicada mas que agrada mais os ouvidos, e, os ouvidos de mais pessoas?
Temos que ter cuidado para não negociarmos aquilo que não se deve negociar.
- O inimigo tentou Jesus a ser um líder sensacionalista?
Apesar do texto aqui focar mais na questão de não testar Deus (o que de fato não se deve fazer, pois Deus age quando julga necessário, e o fará analizando as intenções do coraçação dos homens aliado ao Seu julgamento), podemos também extrair mais do mesmo...
O inimigo levou Jesus até o templo de Jerusalém. Se Jesus pulasse dali e fosse salvo por anjos, um milagre teria acontecido na frente de muitos. Isso evidenciaria a divindade de Cristo, ou ao menos, sua autoridade, e conferiria a ele "status" com todo aquele povo que iria presenciar aquilo. Isso é importante pois, em outros textos, vemos que as pessoas realmente queriam que Cristo fizesse maravilhas perante elas como um sinal, mas Cristo rejeitou utilizar seu poder assim. Cristo fez milagres? Sim. Porém, se observarmos as Escrituras, podemos ver que Ele não os fazia por auto-promoção, e sim, quando era necessário para o cuidado com uma vida. Cristo nunca brincou com seu poder divino. E isso é uma mensagem para todos nós. Hoje há um grande movimento carismático/pentecostal e uma "super-valorização" de "manifestações espirituais", mas, será que esse é o foco correto? Cristo não somente não utilizava seus "dons" para fazer auto-promoção (o que está de acordo com 1 Coríntios que diz que os dons devem servir a um propósito), como também não queria que as pessoas cressem por conta de sinais, prometendo a elas apenas o "sinal de Jonas".
Quantos líderes milagreiros conhecemos? Quanto sensacionalismo "espiritual" há hoje na "igreja"? Será que Cristo agiria como metade dos líderes "espirituais" que conhecemos?
Diante de situações diversas, temos que nos perguntar, "o que Jesus faria?" E aí, eu me pergunto, será que o modelo "espiritual" atual é o modelo de Cristo?
-x-
Esses são alguns dos pontos que observo das três tentações, mas, há muitos outros... E, eles não estão narrados por acaso. "Tudo quanto foi escrito, foi escrito para o ensino". Temos que aprender com esses textos e trazer isso para a nossa vida... Passamos por esse tipo de tentações diariamente, e, estamos agindo como Jesus agiria? Ele já deu a resposta sobre como devemos agir, e em que focar, resta-nos seguir o modelo.
A preocupação de Jesus era com as coisas eternas. Com o alimento espiritual, não tanto com o material. Com mudança real, não com empolgação momentânea. Com vidas, não com números.
Cristo trabalhou com a essência real das coisas.
Será que estamos trabalhando da mesma forma e nos preocupando com as mesmas coisas?
Fomos chamados a ser seus imitadores, mas, será que temos sido?
As nossas igrejas, lideranças, ministérios... Lembram o trabalho de Cristo?
Ou lembram o trabalho de showmans, empresários e artistas?
Somos um corpo de pessoas doentes que, tendo Cristo como cabeça, caminha em diração à cura com a ajuda de cada uma das partes, ou, somos organizações políticas, empresas, clubinhos, seitas, sociedades, manipuladores, comerciantes e assim por diante?
Refletir, refletir.
Mas bem...
-x-
Texto referente às tentações de Jesus.
Para começar, podemos falar sobre a questão de o Espírito ter levado Jesus para ser tentado... Afinal, como funciona isso? Tiago 1:13 diz que ninguém pode dizer que é tentado por Deus, pq Deus não pode ser tentado.
Uma das explicações que podemos tentar dar é que Deus não nos tenta no sentido de nos influenciar a fazer algo mal, ou melhor dizendo, pecar. Mas, Deus testa o nosso caráter, como é mencionado de Abraão em Hb 11:17.
Mas bem, fim das contas, apesar de Jesus ter sido levado até ali pelo Espírito, quem o tenta é o Diabo, e não Deus...
Então, analizemos as tentações...
Antes de tudo, é importante lembrar que esse momento se deu logo antes de Jesus começar seu ministério "de fato", então, muitas interpretações podem se dar a essas tentações, mas, levando em conta esse contexto, vamos analizar como sendo uma tentativa de deturpar a "liderança" de Jesus...
- O inimigo tentou Jesus a ser um líder populista?
Satanás tentou Jesus a utilizar sua posição e autoridade para "fabricar" comida. Ao passo que é difícil afirmar isso de fato aqui, Jesus deixa claro que "nem só de pão viverá o homem", mas se Ele tivesse cedido aqui e focado seu ministério em usar seu poder para esse tipo de conveniência, Ele poderia ter sido muito melhor aceito... Como por exemplo, nosso presidente, que consegue tanta aprovação do povo só levando "migalhas" às pessoas... A política de pão e circo sempre funcionou bem para os líderes populistas, mas, desde já Cristo demonstrou que não estava tão preocupado com o material (apesar de também cuidar disso), mas sim, com o Espiritual, e, esse era seu foco, que não seria desviado.
- O inimigo tentou Jesus a ser um líder político?
Satanás ofereceu a Jesus a autoridade sobre os reinos do mundo em troca de adoração a ele. Se Jesus o tivesse feito, novamente, seria muito mais fácil impor suas idéias a um grande número populacional ao invés dos poucos maltrapilhos que o acompanharam, mas, Cristo não negociou sua consciência, nem seu propósito, nem sua missão, nem sua alma, lembrando ao inimigo que só Deus é digno de adoração (seja lá o que for oferecido em troca).
Mas, pensemos na nossa realidade... Quantas pessoas conhecemos que não negociam sua alma/consciência/missão/propósito? Um líder, que com sede de atingir mais pessoas, firma acordos comerciais e políticos para construir um templo maior ou angariar recursos em troca de fazer propaganda política no templo? Um missionário treinado para trabalhar com crianças carentes, mas que diante das dificuldades, troca o trabalho com as crianças carentes e seu pequeno "salário" da igreja por uma renda maior cuidando dos filhos de um opressor comerciante local? Ou, nós mesmos, que para agradar e chamar a atenção de mais pessoas, trocamos a proclamação da verdade por falar uma mentira adocicada mas que agrada mais os ouvidos, e, os ouvidos de mais pessoas?
Temos que ter cuidado para não negociarmos aquilo que não se deve negociar.
- O inimigo tentou Jesus a ser um líder sensacionalista?
Apesar do texto aqui focar mais na questão de não testar Deus (o que de fato não se deve fazer, pois Deus age quando julga necessário, e o fará analizando as intenções do coraçação dos homens aliado ao Seu julgamento), podemos também extrair mais do mesmo...
O inimigo levou Jesus até o templo de Jerusalém. Se Jesus pulasse dali e fosse salvo por anjos, um milagre teria acontecido na frente de muitos. Isso evidenciaria a divindade de Cristo, ou ao menos, sua autoridade, e conferiria a ele "status" com todo aquele povo que iria presenciar aquilo. Isso é importante pois, em outros textos, vemos que as pessoas realmente queriam que Cristo fizesse maravilhas perante elas como um sinal, mas Cristo rejeitou utilizar seu poder assim. Cristo fez milagres? Sim. Porém, se observarmos as Escrituras, podemos ver que Ele não os fazia por auto-promoção, e sim, quando era necessário para o cuidado com uma vida. Cristo nunca brincou com seu poder divino. E isso é uma mensagem para todos nós. Hoje há um grande movimento carismático/pentecostal e uma "super-valorização" de "manifestações espirituais", mas, será que esse é o foco correto? Cristo não somente não utilizava seus "dons" para fazer auto-promoção (o que está de acordo com 1 Coríntios que diz que os dons devem servir a um propósito), como também não queria que as pessoas cressem por conta de sinais, prometendo a elas apenas o "sinal de Jonas".
Quantos líderes milagreiros conhecemos? Quanto sensacionalismo "espiritual" há hoje na "igreja"? Será que Cristo agiria como metade dos líderes "espirituais" que conhecemos?
Diante de situações diversas, temos que nos perguntar, "o que Jesus faria?" E aí, eu me pergunto, será que o modelo "espiritual" atual é o modelo de Cristo?
-x-
Esses são alguns dos pontos que observo das três tentações, mas, há muitos outros... E, eles não estão narrados por acaso. "Tudo quanto foi escrito, foi escrito para o ensino". Temos que aprender com esses textos e trazer isso para a nossa vida... Passamos por esse tipo de tentações diariamente, e, estamos agindo como Jesus agiria? Ele já deu a resposta sobre como devemos agir, e em que focar, resta-nos seguir o modelo.
A preocupação de Jesus era com as coisas eternas. Com o alimento espiritual, não tanto com o material. Com mudança real, não com empolgação momentânea. Com vidas, não com números.
Cristo trabalhou com a essência real das coisas.
Será que estamos trabalhando da mesma forma e nos preocupando com as mesmas coisas?
Fomos chamados a ser seus imitadores, mas, será que temos sido?
As nossas igrejas, lideranças, ministérios... Lembram o trabalho de Cristo?
Ou lembram o trabalho de showmans, empresários e artistas?
Somos um corpo de pessoas doentes que, tendo Cristo como cabeça, caminha em diração à cura com a ajuda de cada uma das partes, ou, somos organizações políticas, empresas, clubinhos, seitas, sociedades, manipuladores, comerciantes e assim por diante?
Refletir, refletir.
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