sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

T'shuva

Teshuva/T'shuva (תשובה, literalmente "voltar")

Atonement to Jews means to repent and set aside, and the word "T'shuvah" used for atonement actually means "to return". Judaism is optimistic in that it always sees a way that a determined person may return to what is good, and that God waits for that day too. (Christianity and Judaism - Wikipedia)

Expiação para os Judeus significa se arrepender e deixar, e a palavra "T'shuvah" usada para tanto na verdade significa "retornar". O Judaísmo é otimista em que sempre enxerga uma forma pela qual uma determinada pessoa possa voltar para o que é bom, e que Deus também espera por esse dia.

-------------------------------------------------------------------------------------------

Trecho do livro "Repintando a Igreja: Uma visão contemporânea" do Pr. Rob Bell:

"... a recriação desse mundo é o motivo por que a primeira mensagem de Jesus começa com:

T'shuva, pois o Reino dos Céus está próximo (Mateus 4:17).

A palavra hebraica t'shuva significa "voltar". Voltar para o povo que nós fomos criados para ser originalmente. O povo em que Deus está nos transformando.

Deus nos faz à sua imagem. Nós refletimos a beleza, a criatividade e a maravilha do Deus que nos fez. E Jesus nos chama para voltar para a nossa verdadeira personalidade. O povo íntegro e puro que Deus pretendia inicialmente que fôssemos, antes de mudarmos de rumo.

Em algum lugar escondido em nós está a pessoa que fomos criados para ser.

Cada um de nós precisa ser o seu próprio eu.

Ninguém precisa de um segundo alguém. Todos nós precisamos de nosso primeiro eu.

O problema é que a imagem de Deus está profundamente arranhada em cada um de nós e perdemos a confiança na versão divina de nossa história. Ela parece boa demais para ser verdade. Por isso, saímos à procura de identidade. Realizamos, progredimos, desempenhamos, compramos, nos exercitamos e alcançamos resultados ótimos, ansiosos por reparar a imagem. Ansiosos por encontrar uma identidade que se sinta bem.

Ansiamos por ficar à vontade em nossa própria pele.

Mas o que procuramos não está em outro lugar. Está bem aqui. E nós só podemos encontrar quando desistimos de procurar, quando nos rendemos, quando confiamos.

Confiamos que Deus já está nos reconstituindo.

Confiamos que pela morte do velho, o novo pode nascer.

Confiamos que Jesus pode restaurar a imagem arranhada e partida.

É confiando que sou amado. Que sempre fui. Que sempre serei. Não tenho de fazer nada. Não tenho de provar nada, nem de realizar coisa alguma, tampouco de conquistar nada. Exatamente como sou, eu sou completamente aceito, perdoado, e não há nada que eu possa fazer para perder essa aceitação.

Deus sabia exatamente o que estava fazendo quando criou cada um de nós. Não existem acasos. Precisamos que cada um abrace sua verdadeira identidade, quem cada um é em Cristo, deixando que essa nova consciência transforme sua vida.

É isso que Jesus tem em mente.

É isso que traz o Céu à Terra.

Eu estava tomando café da manhã com meu pai e filho mais novo no Real Food Café, na avenida Eastern, bem ao sul de Alger, em Grand Rapids, Michigan. Estávamos terminando a refeição quando notei que a garçonete pegou nosso cheque, levou-o, depois trouxe de volta. Colocou-o na messa, sorriu, e disse:

Alguém aqui no restaurante pagou o café de vocês. Está tudo certo.

Disse isso e saiu.

Tive a sensação mais estranha naquela ocasião. A sensação era de dependência. Não havia nada que eu pudesse fazer. Alguém já havia tomado providência. Insistir em pagar a conta seria inútil. Tudo que eu podia fazer era confiar que o que a garçonete disse era verdade, verdade mesmo, e viver essa verdade. O que significava levantar e sair do restaurante. Meu reconhecimento do que ela havia dito me deu uma escolha: sair acreditando que era verdade, ou criar minha própria realidade, na qual a conta não tinha sido paga.

Este é nosso convite.

Confiar que não devemos nada. Confiar que algo sobre nós já é verdade, uma coisa já foi feita, algo que sempre existiu.

Confiar que a graça paga a conta."

Nenhum comentário: