quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

"Eu escolhi esperar"?

‎"Eu escolhi esperar"?

Pois já passou da hora! Seu coração já devia estar entregue...

Perdoando a brincadeira, passemos à reflexão (aos que tiverem a paciência e disposição):

O interessante sobre vontades alheias é isso: Elas são alheias. Você não tem poder sobre elas.

Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.
Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. (Romanos 9:15-16)

Já o negócio com relação a Deus é que Ele é justo. Sua vontade é boa perfeita e agradável. Assim, as suas escolhas, ainda que possam nos parecer arbitrárias, são sempre corretas e boas.

Mas as pessoas... as pessoas são outros quinhentos.

Um funcionário às vezes dá o seu melhor, sua e sangra pela empresa. Mas seu chefe tem uma arbitrariedade própria. Talvez esse funcionário nunca receba o que mereça.

E isso é só um exemplo. Todo relacionamento é assim. O que uma das partes faz, não vincula a outra. Não necessariamente há "justiça" ou "equilíbrio" em relacionamentos (ainda que seja o ideal).

Então, vale a pena dar o seu melhor por coisas tão incertas quanto as que envolvem pessoas? Porque não lidar apenas com máquinas, que são programadas e previsíveis, nos dando a resposta que esperamos em face das nossas ações?

Porque é o certo. Dói, mas é o correto.

Deus deu o Seu melhor por nós, e desde então, inúmeros homens sábios, tem dado sua vida em gratidão a Deus, e conclamado outros a fazerem o mesmo.

Não necessariamente virando "mártires", mas simplesmente vivendo a vida de forma tal que, em tudo que façamos, o façamos como que para Deus.

Seu chefe é injusto? Faça como para Deus. Seus pais são intransigentes? Faça como para Deus. Seu namorado não te dá o devido valor? Faça como para Deus.

Ele já fez o suficiente por todos. Por mais que seja difícil ver...

As únicas proteções que nos restam, se realmente desejamos viver tal ideal, são:

a) Saber em que "fria" entrar: Todo humano é falho, todo relacionamento humano inevitavelmente vai ser falho. A participação de algumas pessoas em nossas vidas, e os relacionamentos que destas decorrem, podem ser inevitáveis. A esses, só nos cabe honrar. Todavia, algumas outras pessoas, alguns outros relacionamentos, nós que escolhemos entrar ou não... E aí mora a prudência, o cuidado. Cada um exerça a sabedoria, e se não a tem, peça a Deus, que a dá com liberalidade. Mas nunca deixemos de ter tal cuidado. Busquemos conhecer e entender nossas limitações para não nos comprometer com aquilo que sabemos que não conseguiremos honrar. (Até porque, a Bíblia bem nos ensina, não devemos jurar por nada, pois o nosso SIM, deve ser SIM, nosso NÃO, deve ser NÃO, pois o que passa disso, vem daquele que é diametralmente oposto a tudo que Deus significa. Deus, é "homem" de palavra, e somos chamados a ser o mesmo.)

JAMAIS se comprometa com o que você não pode arcar, você vai se machucar, e pior, machucará outros.

b) Depositar o coração no lugar certo: Invariavelmente, todas as pessoas com que nos relacionamos entram em nossos corações, e lá, ocupam diferentes espaços, em proporcionalidade à importância que damos a estas. E isso nos faz vulneráveis. Quão maior espaço alguém ou algo ocupar em seu coração, maior influência exerce sobre você. Seja para bem, ou mal. Quão mais vulnerável você for a tal pessoa, maior alegria ela poderá te trazer, assim como maior dor.

Como já dito, é necessário ter muita sabedoria na hora de determinar quem ocupa que espaços em nossa vida. E mesmo assim, isso não nos torna imunes à imprevisibilidade humana. Para criaturas temporais, as coisas estão sempre em constante mudança.

O melhor a fazer então, é buscar algo, ou melhor, alguém, imutável e perfeito para ocupar o "trono" dos nossos corações.

Deus.

Deus não muda. É o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Deus não morre. Ninguém nem nada pode o roubar de você.
Deus é perfeitamente bom. Deus jamais te fará mal.

E, Deus é o único que merece tal posição de qualquer forma. Ele é o único que nos ama de forma TOTALMENTE incondicional, e o único que merece TODA nossa devoção.

E você não estará fazendo um "mal" ao seu relacionamento com isso, nem mesmo ao seu casamento ou o que quer que seja.

Sim, a melhor coisa para o seu cônjuge, par romântico, e assim por diante, é que você ame e se relacione mais intensamente com Deus, do que com essa pessoa. É melhor para ela.

Essa pessoa jamais irá suprir suas carências, jamais vai ser "suficiente" para você. Se você colocar sob uma pessoa, humana, o peso de suprir suas necessidades...

Você vai se decepcionar.

Você tornará esse relacionamento frágil, condicionado, pronto a acabar com o soprar do vento...

Eu poderia dizer que o ideal seria então que você depositasse suas expectativas e carências em Deus, e que isso ajudaria...

Mas isso não é bem verdade.

Não é melhor colocar as SUAS expectativas sobre Deus. O melhor é você abandonar suas expectativas. O melhor é você abandonar a sua vontade.

O melhor é que você "morra". Ou, colocando de forma menos dramática, o melhor é que Deus não somente ocupe a maior parcela do seu coração, mas que Ele ocupe o trono. Que Ele detenha o controle.

Conforme eu abro mão das minhas vontades, e me abro para apenas fazer e me doar em prol daquilo que Deus coloca em minha vida, seja no presente, ou como sonhos futuros, a responsabilidade do resultado de tais coisas já não é mais minha ou de qualquer pessoa envolvida (cônjuge incluso), mas de Deus.

SE foi Ele que mandou, SE partiu dEle, Ele cuidará de tudo. (Todavia, atentemos para o SE.)

Abrimos mão da vontade. Logo, se já não faço o que quero, também já não devo esperar que obtenha os resultados que decorreriam de tais coisas. Só posso então esperar os resultados daquilo para o qual Deus me direcionou.

As expectativas já não são fabricadas por mim, eu apenas aceito aquilo que Deus me manda esperar. E isso é fé.

E Deus me garante coisas terrenas, mas acima e prioritariamente, coisas Eternas.

Aquelas expectativas que eu antes tinha, talvez nunca sejam atendidas...

Mas no final, existem as coisas Eternas.

"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." (1 Coríntios 15:19)

Miseráveis, se nosso coração não está no lugar e vivemos à base de nossa vontade e nossas expectativas que sim, via de regra, serão frustradas.

Miseráveis E enganados, se pensamos que "viver para Deus" nos trará benefícios terrenos. Até porque, se espero tais coisas, o próprio "viver para Deus" é uma mentira. Vivo para mim mesmo, esperando que Deus faça a minha vontade.

Bem aventurados, se como Paulo abdicamos do controle de nossas vidas em favor de Deus e pudermos chegar a dizer "já não vivo eu, mas Cristo vive em mim", e estamos abertos a, com fé, esperar o que Deus nos diz para esperar, em Terra, e na Eternidade.

Finalizando:

Irmãos, Cristo é a rocha. O porto seguro. Devemos abdicar do controle de nossas vidas, e deixar que Aquele que tudo sabe, que é imutável, e cujos propósitos perfeitos não podem ser detidos, tome o controle destas.

Assim, amaremos as pessoas com todo nosso vigor, não por interesse em algo que tenham a oferecer, mas em resposta ao que Deus JÁ ofereceu.

Aceitando o bem terreno que resultar de tais ações, mas esperando apenas a recompensa Eterna por Ele prometida.

VOCÊ não precisa "esperar" para entregar seu coração. VOCÊ já devia ter entregue seu coração. VOCÊ tem que estar apenas PRONTO, ABERTO ou aberta apenas para RECEBER e HONRAR, e que esse HONRAR, seja como honrar a Deus.

Que possamos abandonar nossas expectativas egoístas com relação às pessoas. Que como Oséias, amemos a prostituta infiel. Que como Deus, amemos a Igreja, corrupta. Que como José, mesmo ao ter nossas expectativas frustradas, amemos Maria, independente da mudança radical de rumo na vida.

Que busquemos de Deus e Sua sabedoria, a direção sobre que compromissos assumir, e a quê nos dedicar, e uma vez aceita tal escolha, que coloquemos nossos olhos no que é Eterno, e foquemos apenas em fazer nossa parte, com HONRA, a honra da qual Deus é digno, e que em Sua graça nos mandou estender a todos os outros, pelo que Ele fez, independente deles.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Questionamentos Inconvenientes

Gostaria de deixar claro de antemão que o que será exposto a seguir são questionamentos pessoais, logo, possivelmente mais perguntas do que respostas, e perguntas para as quais já tomei diferentes posições e em que sigo procurando respostas...

Na vida Cristã aprendemos que Deus é santo, e que nós também somos santos. Santos no sentido em que fomos chamados, "separados", para sermos semelhantes àquele que nos chamou, Jesus Cristo. Paulo nos chama a sermos seus imitadores assim como ele é de Cristo, e a Palavra também afirma que fomos predestinados a ter a nossa imagem "conformada" à imagem de Cristo, o qual serio o primogênito de um grupo de irmãos dos quais fazemos parte, afinal "Cristão" significa "pequeno cristo".

"Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos."
(Romanos 8:29)

Viver em santidade é refletir a imagem de Cristo. Eu, assim como todo Cristão, sou chamado a ser santo, mas tenho séria dificuldade em viver a santidade.

Muito se fala (erroneamente ao meu ver) de que a Bíblia é dividida em um "tempo da lei" e "tempo da graça", normalmente com demonstrações de contentamento por vivermos no "tempo da graça", com um pensamento de que estamos sujeitos a fardos mais leves.

De fato, podemos ter nossos "pesos" aliviados pela ação e capacitação do Espírito Santo, mas me pergunto se é realmente isso que a maior parte das pessoas pensa quando fazem afirmações como a acima, ou se elas (e eu) não pensam apenas que Deus está mais tolerante para com os nossas falhas.

O que seria um erro.

O sermão do monte deixa claro que o Jesus da graça tem padrões tão elevados quanto o YHVH da Lei, afinal, Jesus/Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 13:8).

E o problema é que na maior parte do tempo, creio que eu (e muitos outros) não tenho o mesmo padrão que Deus, ainda que eu tenha aceitado um chamado exatamente para isso.

Como tenho lido no livro "A Batalha de Todo Homem" (Stephen Arterburn e Fred Stoeker - Editora Mundo Cristão), optamos muitas vezes por padrões "misturados". Optamos por excelência ao invés de perfeição. Perfeição é divina, excelência é humana, não é estranho que optemos pela excelência.

Do ponto de vista humano, a excelência já é um nobre alvo.

O problema é que do ponto de vista do eterno e divino, a excelência humana não passa de mediocridade.

Mediocridade e complacência andam de mãos dadas, é aquela velha coisa do "não é o melhor possível, mas é melhor do que os outros, então está bom".

Como Cristãos, muitas vezes esquecemos a "boa religião" ensinada em Thiago, e vivemos a "religiosidade" que tanto dizemos combater, nos enchendo de orgulho por "sermos melhores que os do mundo".

Eu não adultero, então está bom.
Eu não roubo, então está bom.
Eu não mato, então está bom.

Sim, muitos de nós evitamos tais atitudes e nos sentimentos corretos com isso, sendo inclusive muitas vezes reconhecidos e louvados por outros por termos tais posições.

Mas não importa o que eu penso ou o que os outros pensam, mas sim o que Deus pensa não é?

Paulo afirmava: "Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo." (Gálatas 1:10)

Será que REALMENTE podemos dizer o mesmo se aceitamos a excelência humana ao invés da perfeição?

Tomando como exemplo as alegações acima...

Um homem pode não trair sua esposa mas ter fantasias com pornografia ou simplesmente com lembranças passadas ou sua própria imaginação. Se sua mulher não tiver conhecimento de seus pensamentos (ou às vezes até tendo) ela simplesmente ficará feliz por ter um marido fiel. Mas e Deus? Jesus nos diz que um olhar ou pensamento é suficiente para que sejamos considerados adúlteras.

A excelência diz que o não praticar o ato de adultério é louvável, Deus diz que não devemos apenas fugir da exteriorização, mas que aquilo não deve nem sequer ter se materializado em pensamento.

"Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’.
Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração." (Mateus 5:27-28)

Um homem pode nunca ter furtado um pão da padaria sequer, mas pode ter sonegado impostos e ter um computador cheio de arquivos piratas. A maior parte das pessoas considerará esse homem um homem normal, honesto. Deus todavia, há de descordar.

"Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens [...]" (1 Pedro 2:13)

Assassinar alguém então nem se fala. A maioria de nós não somente não pratica tal ato como o repudia abertamente, inclusive independente de crença. E aí eu tenho uma grande dúvida que me confronta fortemente... Se eu não mato ninguém, mas me divirto em filmes cujo grande atrativo é a violência, como o recente "Imortais" ou a série "Jogos Mortais", o que isso diz sobre meu coração? E se meu lazer se constitui de jogos como "Mortal Kombat" e seus infames "fatalitys" ou a série "God of War" em que arrancar a cabeça de alguém e usar como item substitui o mero achar um item em um baú qualquer de jogos como Zelda?

O que me leva a ter prazer em tais coisas? E, de fato, matar alguém não é a mesma coisa que jogar God of War, mas para o Deus que se importa com meu coração, quão grande (ou pequena) é essa diferença?

O que eu sei enquanto Cristão é que meu espírito e minha carne vivem em constante batalha, e que toda vez que minha carne está vencendo contra o meu espírito, ainda que eu não saiba em quê, sinto o meu espírito se entristecer, sinto o Espírito Santo se entristecer, e logo fico abatido, apático, como que morto.

Orar fica difícil, há uma vergonha, como a de Adão, uma vontade de se esconder e nada falar ou me justificar e apontar dedos. Louvar, o mesmo. E logo essa vergonha vira uma apatia que contamina tudo, e de abismo em abismo, às vezes vem até vontade de morrer.

Eu não quero morrer.

E nem quero uma meia vida, não quero ser um zumbi, vampiro, ou o que quer que seja.

Quero a tal da vida em abundância. E o MEU pecado, é o MEU maior inimigo. Não adianta responsabilizar a sociedade, o "capeta", o próprio Deus, ou qualquer outra coisa. No fim das contas, as ações são minhas, e eu serei sempre o primeiro a sofrer as consequências delas.

Me pergunto em que pontos eu sou totalmente medíocre, humanamente excelente, ou pela graça de Deus, divinamente perfeito...

O quê ainda pode mudar? Como melhorar? Que galhos cortar?

Sim, melhorar sempre envolve cortar.

"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda." (João 15:1-2)

Fugindo do óbvio e grandioso para o que parece pequeno e fútil...

Será que eu não preciso sim me esforçar mais para conter meus olhos e pensamentos com relação às mulheres? Será que às vezes não seria melhor ficar em casa do que ir à praia? Será que eu não deveria até mesmo evitar a companhia de algumas "irmãs" ?

Será que eu não deveria assistir menos a filmes que contenham cenas de nudez, violência e outras "agressões"? E não somente um "Jogos Mortais" mas até mesmo "Forrest Gump"?

Será que eu não tenho que ser mais contente e lutar com minha cobiça, aceitando que nem tudo eu posso ter? Será que eu não deveria poupar para comprar um windows original ou aprender a usar linux? E porquê eu faço questão de usar o Photoshop se não sou um profissional da fotografia? E se eu sou um profissional, porquê não pago pelo trabalho daqueles que me ajudam a ganhar dinheiro e fazer o meu trabalho?

Eu preciso quebrar as minhas finanças ou dos meus pais para usar roupa da Hollister, Abercrombie ou Aeropostale? Ou eu preciso tanto assim me enquadrar na "moda" que preciso usar "roupas piratas" para não gastar?

O quê eu preciso? O quê é importante? O quê é sacrificável? O quê é vaidade?

Se eu digo que Deus é tudo que preciso, mas invisto muito mais tempo em fazer as coisas que o desagradam, ou nem sequer procuro saber o que o desagrada (afinal, na ignorância eu tenho uma justificativa - será mesmo?), não estou vivendo uma incoerência, e pior, vivendo em pecado?

Todos somos tentados, o que muda é o que fazemos com essas tentações. Passarinho sempre vem, mas não devemos deixar que faça ninho.

Todos pecamos, mas a questão é nossa postura diante disso.

A boca fala do que está cheio o coração. Os olhos buscam aquilo que os agrada. O que as coisas que colocamos diante dos nossos olhos e nas quais investimos tempo dizem sobre nós? Sobre o que amamos falar? Para nós, o que é mais importante compartilhar?

Eu já dediquei meu tempo à nobre causa de divulgar a honorável "cultura japonesa". Revistas em quadrinhos e desenhos animados. Quão nobre.

É sério que seu principal assunto com seus amigos são videogames? Jogos? Futebol? Novela? Cinema?

São esses os tesouros das nossas vidas? É isso que queremos compartilhar e deixar?
Seu quarto é um templo à Deus ou à uma banda? Um templo ao cinema?

Sequer há comparação?

E talvez até digamos que Deus é mais importante, mas o que as paredes de nossos quartos, os arquivos de nossos computadores, nossas conversas com nossos amigos e cônjuges e a divisão do nosso tempo nos diz?

Pecar cansa. Eu não quero morrer. Eu não quero fingir que não vejo e não sei. Eu não sou ignorante.

Eu quero viver.

Eu não tenho as respostas para todas as perguntas, eu não sei o limite do aceitável em todas essas coisas. Eu não sei até que ponto é santidade, imaginação ou loucura.

Mas eu certamente não quero fingir que não há nada errado. Eu quero ser podado.

Eu quero realmente ter Deus acima de tudo, e toda a VIDA que vem com isso.

E se nós realmente desejamos isso, então fica ridícula qualquer comparação, e realmente podemos dizer que temos TUDO como perda, diante de Deus.

Eu posso sim abrir mão de cinema, jogos, lazer ou o que quer que seja por Deus. E você também pode.

Mas não façamos sacrifícios desnecessários, por orgulho, falsa piedade, hipocrisia, ou "religiosidade", mas busquemos verdade e sabedoria. Como disse o próprio Jesus, a quem devemos ter como padrão e sermos seus imitadores...

"Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou.
NÃO ROGO QUE OS TIRES DO MUNDO, mas que os protejas do Maligno.
Eles não são do mundo, como eu também não sou.
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo.
Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade." (João 17:14-19)

Que possamos conhecer a verdade, e vivê-la, agradando não a homens (nós mesmos inclusive), mas à Deus, sabendo que isto é tudo que precisamos, e que isto sim é digno de ser compartilhado e gera vida.

Nem sempre teremos todas as respostas, mas que possamos buscar o entendimento da verdade, fazendo as perguntas difíceis e inconvenientes, para que não sejamos apenas chamados a ser santos, mas que a santidade seja algo real em nossas vidas.

És tudo que eu preciso Senhor, me lembra disso dia após dia, e opera em mim o amar a Tua Palavra e o vivê-la. Que eu consiga imitar Paulo, que eu consiga Te imitar.

Me sustenta com a tua misericórdia, e me corrige como um Pai que corrige o filho a quem ama.

"[...] Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo. (1 João 2:1-2)

(Salmo 51:1-17)

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões.
Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado.
Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue.
Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me.
Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe.
Sei que desejas a verdade no íntimo; e no coração me ensinas a sabedoria.
Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e mais branco do que a neve serei.
Faze-me ouvir de novo júbilo e alegria; e os ossos que esmagaste exultarão.
Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades.
Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.
Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito.
Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer.
Então ensinarei os teus caminhos aos transgressores, para que os pecadores se voltem para ti.
Livra-me da culpa dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação! E a minha língua aclamará à tua justiça.
Ó Senhor, dá palavras aos meus lábios, e a minha boca anunciará o teu louvor.
Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria.
Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás."